páginas brancas

Monday, December 08, 2008

Nasci de uma flor branca ... desnudada...
E no relampear de um clarão ateado
Me vi adereçada em vésperas de primaveras estreladas
Vieram as fadas madrinhas a me comentarem
Que da minha boca saíriam doces os meus beijos
E de minha alma...palavras sensatas...
Caíu me logo o feitiço no palato aveludado...

E na brandura dos primeiros passos
Na descifração dos endereços e moradas
Acorreram homens e mulheres nas pernas minhas a tropeçarem...
Que fado este o meu de me ter assim... já no princípio tão embaraçada...
Porque da minha boca não se soltavam os motes habituais
Denúncias grotescas a arrebatarem lhes a caça traiçoeira...
Foi em abastâncias de céus que me tiveram..
Assim...em apetites aproximados...

Ergui me há muito num campo apapoilado
De vermelhos e rosas a estontear se...
E assim me tenho até hoje irmanada
No célere convite que o vento me faz muito... sem me nunca avisar
Na ideia certa de com ele adejarmos sobre oceanos e mares
Espairecendo nos em delongas nos ares e eu... a espreguiçar me
Em arejamentos subtis em me não deixar ver nem espreitar ...

Estou sim...um pouco em todo o lado...

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