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Monday, December 01, 2008

Andamos todos na ilusiva procura de uma santa...de um santo...
De alguém que nos possa aguentar
Indo se o Pai...folgando a mãe...
É difícil nos podermos contentar...

Quem são...senão os Progenitores
Os mandatários escolhidos do Senhor
Para num rasgo efusivo e em abraços guarnecidos
A todo o momento nos poderem perdoar
Amansansando os nossos defeitos e até os desculparem
Na defesa lamentosa de se verem a si próprios
Nas almas afectuosas que andaram a sustentarem...
Somos bichos activos nos caminhos cativos do mal
E se por um momento a nossa consciência nos não amenizar
Se por um distúrbio pequeno as vestes soltas da nossa mente se despregarem
Ver nos emos na certa confusos e até envergonhados
No meio de gente boa e sensata que balança sempre no julgamento a dar ...
E quem sabe até se não é mesmo assim que se deverá retratar o malandro
O impostor...mau carácter...o fraudolento... o insensato ...
No meio dos justos na firmeza bondosa de o não julgarem...
E em tempos morosos... em respeitos afectuosos
Para em cadências perfeitas um dia o poderem regenerar...
Mas só acontecerá se o seu coração se abrir em rasgos de humildade
Em vontades poderosas... em voltefaces de guerreiro pronto a se regenerar...
Mas o que acontece por vezes... e não é assim tão linear
É que se chegam sempre as mães prontinhas a aconchegá los...
E em mimos se abonam logo a abençoá los
E que a falta não é deles... derrama se sempre para o outro lado
E muitas se perdem em ruínas de dinheiros e em falsas identidades
São as que tudo esquecem na troca de um mimo e de um abraço
Para em íntimos e decências se não atormentarem...
Porque o que elas queriam mesmo era nunca os terem largado
Nos períodos dos abundantes tempero que eles renegaram
Pobres e loucos os que abandonam assim...sem mais... o lar...
Na ideia parca de se terem logo num instante por outro amado...
São poucas as vezes a que a um filho se não consiga perdoar...
Há que separar a carne do espírito contextual
E a dificuldade está então no afastamento do corpo estimado
Que ainda na sua trama não se consegue enxergar
E que ecoa aos ventos e á santa que o pariu e que lhe deu de mamar
Ordens...ditos e ajustamentos que lhe deveria a pobre de dar...
Coitadas ... será essa a justa paga?
Ah! a dureza de se ser mãe de estafermos tais...
E nas noites atormentadas... nos firmamentos de luas em encostos solares
Choram os olhos cansados na visão clara e terna
Do dia escolhido em que com esse nome foram abençoadas...
Mães num brusco grito de dor...
Mães nos rastilhos da submissão...
Parceiras de vidas abnegadas...

Enquanto as houver...
Aguentam se os homens e as mulheres
Entre gritos e espantos... em combates ou em tréguas...
Porque na hora de se lhes render a alma trémula
Encostar se á um rochedo na vida do género honesto
Ecoará na sua mente um nefasto trémulo
Não mais haverá absolvições e penas leves...

E depois chega o dia em que por elas se reza
Abre se lhes a camisa que vestiam...sinceras...
E nas malhas apertadas do peito que desfinhava... flácido...
Se põem os frutos aflitos em buscas de sinais de presépio...
Do menino que olhava e sorria sorvando o leite na mama quente
E que se espantava por meio de risos e carícias ternurentas...
Na visão endeusada de ninfa ajeitando lhes suavemente a cabeça
E lá de cima olham nos as mães com estupefacção
Perturbadas e saudosas da súbita instigação...

E é assim a condição sincera de quem por aqui anda
Na ilusão pródiga de ter engendrado amigos sinceros...

Cá por mim... isto tudo ainda me custa...
E por muito que me justifique...ainda não percebi nada...

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