páginas brancas

Sunday, December 07, 2008

Ai..o azul do céu imaculado...
Descendo me do Árbitro celeste
Em ateios de pureza a inflamar se...

Suavizo me num tapete nublado a descansar...
Ah!... atempada inquietação de me querer alheada
Deste círculo do cosmo que nutre e agasalha...

Quiseram me no terreiro duro a labutar
Mas quando posso... elevo me sana e sensata
Em proeminências e desditos a ousarem me ...
Atestam os documentos que me vim da terra a chorar
E eu desdito lhes que me cheguei leve na pura alvorada
Em asas auréoladas ... exaltando me logo no céu a afoufar me...
Chamam me louca...desatinada...
Mas eu asseguro lhes que daqui me não veio nada...
E que os meus olhos brandos de verde bordados
Resgueitei os eu em searas maduras prontas a entregarem se
E os lábios vermelhos... achei os nas flores que me trazem as alvoradas...
E sabeis vós...guarneci me antes de me imaginarem...
Mas foi aqui... nesta bolha estrelada que me muito quiseram...
Que me muito teimaram...

E na lonjura da minha morada
Na mortificação de meu corpo aprisionado
Tenho me por muito tempo perdida nestes buracos
Nestes vales e chãos arruinados...
Celebram se me só os sonhos que me arrastam para o sítio
De onde nunca me deveriam ter resgatado...

Vós que me conheceis...sabeis que vivo mesmo... é do outro lado...

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