páginas brancas

Sunday, December 21, 2008

Todos me olham com olhos desconhecidos
E no disfarce de seus hábitos
Estranham se me em disputas e desabafos...
Em ferozes impaciências
Sempre a me quererem negar...
Todos me vislumbram nas roupagens quentes de além mares
Todos passam e não me alcançam na miragem...
Porque os meus olhos não são deste mundo
Velejaram aos poucos na estranheza da carne
No mistério da esfera redonda que não pára de girar
E se na frivolidade dos mitos ...
Na constancia dos hábitos desatinados
Desmoralizo me e me não consigo decalcar...
É porque me não acerto na insignificância
Me não deslumbro nos planos há muito assinalados...
Mirem me na decadência de vossos planos
Na apreensão equilibrada de em vós me negar
E se não ouvides os sinos...
O campanário celeste de minha alma a orar
É porque deveras... na aragem de meu voletar
Ainda me não ouvistes cantar ...
A minha vida não é esta..

É a outra ... de onde me vim um dia ... aqui parar...

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