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Sunday, March 08, 2009

Me venho das terras de lá longe
Dos bruxos e feiticeiras
Atingi me nelas meiga e singela...
Requisitaram me além ... do outro lado do mistério
E em choros de esperanças acorri
Consumada na tragédia...
Me fui aloucando nas peripécias
De querer auxiliar o fato largo da miséria
Mas aqueles não eram os meus sóis
As minhas estrelas correctas...
Apelaram me na mansidão de quem ama e protege
Me voltei vidrada quebradiça...gélida...
Faltou me o ar naquela densa atmosfera...
E é por isto e por outras as coisas
Que este mundo se vai agravando
Nestes motes escuros de apelos e tregédias ...

Me fui devagar e em estrangeira
A acudir raridades adversas
Me fui curiosa na observância dos costumes...
Das fórmulas e prescrimentos dos exércitos...
Me fui peregrina em terra desabrida ... inaparente...
Me fui e me vim em silêncios abstratos
Falha na descifração dos antigos convénios...
Porque quem lá mora se ausenta sempre nos momentos das tréguas
Sem se dar a conhecer em prodigalidades mágicas e abertas
E na vez ... tecem teses ... tratados e falácias a se julgarem espertos...
Fui convidada a me ir em transportes pr'a essas misérias
Retorno me agora em testemunhos caudalosos de pobreza austere...

Nunca mais me irei assombrosa por esses lamaçais adentro
Me fui atraiçoada por almas pérfidas!
Vou rezar em fervores ardentes a Deus...ao Correcto
Que me cubra sempre com sua manta quente e leste
Para que num dia me possa ir em ordens de descansos
E em agradecimentos sinceros!

Quanto a vós que me chamasteis!
Tende vos de joelhos prostrados e quietos!

Vede o que me aconteceu ... na inocência de minha queda...

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