páginas brancas

Sunday, March 01, 2009

Uma árvore é uma árvore...
Éden misterioso...mesclado...onde vivem adagios...
Paraíso misterioso onde mora a verdade
E Deus num dia as cobriu de puras ramagens ... de flores distintas...apreciáveis...
Agasalhou -as de pétalas brancas...rosadas...rouxeadas amareladas
Atraiu os tintos celestes do paraíso
E num sopro distinto... em apoteose divina as silabou premiadas...
Enroupou- as de auroras bruxeleantes...delirantes regando- as com suas palavras
E em rasgos audazes e aguerridos reclamam
Nas profundezas e abismos um meu grito...um meu olhar...

Ai...uma árvore é um penteado sobreceleste brando e singelo
No vazio do nada que me arrebate...
E Deus na sua bondade ofereceu lhes pássaros
Assentou os num seu sopro divino em seus lugares
Aves pequeninas e brandas que delas logo se enamoraram
Roxinóis ... cucos deslumbrantes
Que na bondade de seus cantos...
Em prodigiosos hinos e romances
Se apossaram no instante dos poetas românticos...transloucados...

São anjos na terra se ensaiando...
Para em regressos estremunhados
Adornarem seus prateados mantos de reflexos encontrados...

Ai !que me vou caminhando pelas ervas pelos matos adentro procurando ...
Que me vou apressada e deslumbrante na busca das jóias ofertadas...
Sempre em tons versejantes... em rubros instantes a desejar...
E eu cavo dentro do meu peito buracos grandes para as poder na volta carregar...
Para o meu presépio primeiro ... para a minha morada ensoleirada...

Me tenho ido há séculos por toda a eternidade nas suas gargantas sempre a sonetar ...
Me tenho suspensa por milhares de anos
Em suas asas constantes ...abismosa... sempre a prodigar...
Ah!filha de Céos...neta de Gaia pura...
Me passeei vezes infindas nas misturas doces de seus uníloquos sonhares...

Desejei me um dia Astéria ...nas estrelas a morar...

Em mortes de desencanto um dia se achegaram os homens a tudo desmamchar...
Perdeu se a ordem celeste na abastância que preludiava...
Trouxeram gaiolas de oro com ninhos de puro armínio para neles descansarem
Mas o repouso pertence á humanidade
Que no limite cai em súbitas quedas e agaches
Levaram as minhas rosas concordantes
Que em abundâncias a todos se ofereciam em gratuitidades...
Se confiando em sonetos e cânticos aos que acorriam a escutar...

Vede!vede miseráveis o que fizesteis... na desejo louco do tudo conquistar

E na lembranças dos íntimos que neles se granjeavam
Desenharam se em lonjuras e dilatações dos tempos... doces cantares...
Rememorações generosas...afidalgadas dos transes instantes
Em que na morosidade das pausas se embeveciam tantos em escutas... a rejubilar..

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