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Thursday, February 12, 2009

Me afasto leve com o entardecer...em luares
E na agudeza que se agrava em min
Destituiu me das sobras terrenas que lavraram assim...

Deambulei me em luzes... segui as hesitante... nem farol agonizante
Testemunhei...fiz apreciações melindrosas
Parlando ...cochichando segredinhos
E quase tudo o que digo é só para min
Porque me ninguém dá ouvidos
E em alegações e inteligencias me diferenciu
Sempre em esperanças de me partilhar com outros...
Eu...que me tenho inocente... juíza dos ardores
Das convenções infligidas e ordenadas a tantos
Eu...que o tanto que por aí se diz me não soa bem
E que em min se atrevem inoportunas a incomodar...
E mesmo assim...no vitral de minha retina
Não vacila... não avança ninguém
A me escutar nas solenidades serenas de meu mestrear...

Destemperanças tolhem me as entranhas...

Aos tantos que obstruem a ciência
Me resta a piedade solene e estranha...
De os ver reféns terrenos desta seita que se não ajuíza e que se não contém...

Abastece se me um torpor receoso
De me não alcançar neles em luzes
Em claridades devotas e clementes...

Porque quando se chega um homem á sua cama
E se recolhe em íntimas e escalarecidas lembranças
É por vezes para min que se solta a sua gana
E eu rezo ferverosa a infâmia que por decima de min clama...
Reclamo o perdão... para min e para aqueles que me não amam
Alongo me em preces junto ao distinto anfitrião
Mas é sempre lá no alto...nas lonjuras das vistas das gentes
Que me remeto em silêncios e descrições
Para neste exílio ...e em suspensões
Me poder morrer em reticências
Em sonolências... revivando convicções...
E nas claridades que soam novas
Renasço me de novo ... sempre a melhorar...
E assim me vou tendo e entretendo em vistas e pensares
Que abrangem a poucos mas que a muitos desdém...

Vós que me ouvides...escutai o meu penar
Nos balbúcios das vilas... nas vitas prateadas do mar...

Sou pó...sincronia doce...áspera ... nos lábios de alguém!

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