páginas brancas

Thursday, January 29, 2009

Acalmo me na claridades de teu olhar...
Nas encostas lavradas onde te pariram sem me nunca encontrares...
E nas roupagens finas acobertando o meu penar
Em espasmos prodigiosos ... em cantarolares extremosos
Miro te mil vezes sem me nunca adivinhares...
Sem te nunca alcançar o íntimo a me cantares...
Volejo me nos céus em amaneiradas braçadas
E em estilo apropriado... adorno uma fita ao teu penteado
Sinal determinado para num dia a ti me poder achegar...
Enredo te amor de frescos laços...pétalas ricas a te enfeitarem
E em enobrecimentos te vou já a mimar
Tu...que me nunca vistes...me nunca sonhastes...
Que me nunca alcançastes...

E é assim que se demorava a morena em lamentos penosos
Em intermitências fustigadas de sua vida a passar...
Contraíram lhe as mulheres da aldeia...intrigas...maquinançias
De jovens honrosos...galantes de muitas républicas para amar
Mas ela se negava em escusa de que a outro estava destinada...
E era vê la a uma encruzilhada nem São Cristóvão sentado
Vendo os passeantes embavecidos...bebruçados sobre sua beleza...sempre a esperarem ...
Mas ela aquietava se sempre mansa em pormenores a observar...
Não...nunca havera visto nas lonjuras o alcance de seu manjar...
E partiam se os aspirantes em oblíquos olhares...

E foi se um dia ... de velhinha pernoitar...lesta...magrinha...para um outro lado...
No achado da fita ... que lhe tinha atado ao penteado...

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