páginas brancas

Friday, January 23, 2009

Os homens e as mulheres são túneis...buracos
Abismos...poços onde cai a gente de bom tento ...
E está o mundo entregue a semelhante raça...a estas rezes...

Eu cá já aprendi a voar e a me não descuidar nas vezes...
Mas houve séculos atrás em que me naufragava e me morria
No soletrar de cada passo meu ...

Nos céus idearam me um dia com asas
E na terra aligeirei me logo de vez ...
Ah!como é bom volitar assim
E não me dar a denunciar...
Acautelando me em estranhezas e em me não dar a conhecer ...
Ambicionando me voluminosa... vistosa... airosa e transparente
E nos céus incorporar me de rios... estender me......
Águas virgens e abundantes onde se alagará um dia
Aquele que o meu intímo... em serenidades amou...
Que se partiu numa noite no seu alazão galopante
Em concorrências apoquentadas ...alucinantes
E em desavenças o meu coração despedaçou...
E que nos alvéolos das brumas se dispersou ...
E que por dentro das goelas do siroco
Vacilando nas areias secas dos desertos se desfez... se evaporou...

E é essa admiração que por aqui anda
Na procura instante dos olhos meus...
E os meus que por aqui se agitam
Em buscas e farejos dos olhos seus...
E da montada alígera e valorosa
Desse corcel que era o seu...

E ela era memina mansa e pacata
Que dedilhava e enchia o ventre do dia... o templo da noite
Com alaúde afinado que era o seu...

Ai! tenho asas!...azuis...brancas...das cores dos olhos seus...
OH!.. TU AÍ... QUE ME NÃO VÊS!!!!!!!!!!!

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