páginas brancas

Monday, January 19, 2009

Soltam se as rezes de dentro do povo que clama e estremece...
Ainda se atarda a hora da clemência e do descanso
E eu abasteço me singela... nas estrelas em golfadas cintilantes
E tudo... tudinho em volta de min redopia e reluz... numa roda celeste...

Porque me não quero confundir em ordenanças impuras
Morrer me em esvoacimentos e intermitências injuriosas...insultantes
Num descontínuo afrouxamento horrepilante
Conjecturando me em diligencias inconstantes
Com as constelações excessivas e escabrantes
Que se achegaram á terra em grotescos solavancos ...

Eu quero me em momentos assossegados e puros
Afofada em canduras e mimos deslumbrantes
Num lume que aquece e que se faz brando...
E do reboliço que endoidece e se agiganta
Me afasto lenta ... assentada num pilar de firmamento...
Ah! caso contrário
Por min tudo anda!..
A cobra o ladrão o penitente...
Mas eu nada sinto... e até nem vejo
Dizem me os que me assistem por vezes nas tormentas
Que em roda de min seus ultajes se alevantam...
Mas eu olho ... vejo... revejo...e nada alcanço...
Porque viajam comigo astros reluzentos...
E eu que me encavalito nobre e em sábias proezas
Em sonoridades explêndidas dos Anjos que cantam
Dos sonhos que se alevantam...
Me não dói nunca a alma...
Não me estrebucho nunca em cantos...
Me não caçam os lobos que por aqui andam...

Vinde comigo no âmago de vossas dores
Viajarmo nos todas em cometas...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home