páginas brancas

Saturday, January 31, 2009

Sou assim...
Sou sim das nuvens... dos céu
Onde minha mãe me pariu a flutuar...
No meio do fogo das estrelas ...do rebrilhar dos átamos
Na violência da dor ... no estalar do sentimento
De que me haveria para sempre amar...
E no estudo exímio da excelsa oferenda
Me consentiu a progenitora aos Anjos entregar
Lavaram me a alma em suaves sonetos...recatíssimos entoares
E eu me deitava solene em braços a me esticar
Me alongando bravia... amaranhando me nas hastes de seus ramos
Acomodando me açodadinha...
Soletrando bizarrias em seus colos prateados
E escorria leite...mel dulcíssimo dos peitos floreados
E compadeceu se a progenitora a avaliar
Que era melhor o deles do que o dela magro e aguado...
E num esforço tremendo me lá deixou por criar...
Viram na...sunâmbula numa coluna de ar a se abaixar
E eu que me tinha feliz e me não estimulava
No apregoamento de seus olhos nos meus... a se fracturarem ...
Foi atempada a rectificação... por me saber dos outros distanciada
E da terra negra que empoeira os céus deíficados
Soltavam se por vezes lamentos que eu codificava
Timbre arrastado para me nele enfiar...
Mas no convite... me não tinha ainda acertado
E nas ondas curtas dos dias...nas breviedades das noites
Me passei eu milénios nos céus a perseverar...
E nas baixezas enfermas se deram as vidas a cambear...

Me vivo aqui em agradecimentos autenticos
De me ter aqui deixado assentar...
Encastrada numa moldura de céu... numa fatia de luar...

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