páginas brancas

Tuesday, February 17, 2009

Aordou levantou se pos se a trabalhar
De noite chegou desnudou se e pos se a quadrupear
Na madrugada vestiu se maquilhou se tenteouse e saiu a sonhar
De dia correu esfregou limpou torceu trapos ... desfigurou caras
De volta gritou arrumou passou lavou tudo a arrumar
No escuro gemeu calou se aliviou se nela o matulaço
E de novo se ergueu ao crepúsculo a se emendar na pele o fardo pesado
Foi e voltou sempre... dia a dia até se cansar
Mas quando se chegava solteira e se voluntariar... sossegada
Lá vinha o desordeiro tudo a desrespeitar
E ela deixava se rendida e enfraquecida já
Nas leituras e romances do marujo que a anulara já
E numa noite maligna em fúrias há muito havidas
Vestiu a camisa maldita enfiou as cuecas rasgadas
E foi se pela noite perdida rendendo se humilda ao diabo...
E o cabrão que a tinha por sua se foi a choraminga
Por casa de pais e padrinhos que sua Clarinha o tinha deixado
Pobre mulher...leste rapariga que se foi entregar p'ra debaixo
Pr'a debaixo dos muros erguidos das margens de sua casa
Recambiou a o Atrevido ... que era demais boa na sua casa

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