páginas brancas

Sunday, June 25, 2006

Ó rio que passas...
Tão lento..tão vagaroso...
Levas a alma do meu menino
Envolto num sono profundo...
Ó águas quentes do sol
Embalei de mansinho
As mãozinhas...os pézinhos
Daquele que se deitou
Em ti a dormir...
E não me acordes o querubim...
Foi a curiosidade que me o roubou
O peixe vermelho piscando o olho
Me o enfeitiçou...
A barbatana brilhou á luz...
E catrapuz...
Ó rio tão sossegado que és
Ó rio tão molhado que és...
Não constipes o corpinho de setim
Tão fino e mimoso...
Porque me o levaste assim?
Ó águas brandas do paraíso!
Levai me também a mim...
Para ao pé do meu menino....

E a mãe contava tudo ao seu anjinho...
Debruçada por cima do espelho frio...
Chegou o dia em que partiu...
Vive agora em terra desconhecida
Amamentando o seu menino...

Verdade verdadinha!!!

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