páginas brancas

Sunday, August 19, 2007

No desbotar dos tempos idos
Perdi te... carinho... fogo de minha vida...
Desvaneceram se me num ápice os sentidos...
Elevaste te então vacilando nos céus... oh! alma gentil
Entoando cânticos... ecos em meu coração...
Perdi te ... celeste Aurora...
E no desgosto aceso em minha alma ressentida
Vi te bela e fina... levada por anjos para o céu...
E na displiscência sentida... na desfortuna acometida
Me fui... sobre pedras resgadas e finas
Humectadas e frias de farto prantear...
E em névoas rosas macias... deslizando...
Me fui cursando... em teu rasto me perfilar...
Ah! embrulho agitado... abatido...
Desgraçado me encontrei... no afastamento de teu firmar
Oh! odiosa ausência ... toda estendidinha sob meu olhar
Ah! e na ânsia de a ti me achegar
Na divulgação do desejo supremo
Serpenteando ás escuras a imensidão
Escravilhando o teu nome nos extremos
Alargando os recados ás estrelas nascentes
Que me ouviam... agitando as mãos...
Apagaram se então as memórias que arrastava... imensas...
Oh! incensos puros... flor de minha fascinação
Eram avezinhas ligeiras... que as sorviam como algodão...
Arrebatadoras... as mãos que alçaram o meu amor
Agravando... afligindo a dor de minha adulação...
Não te achei... oh! dolorosa intuição...
E na violência... agitando as penas sentidas
Prometi te... oh! casta e pura
Lugar eterno em minha afeição

Havia uma casa na serra ...
Consta se que seu dono lá vivera... conversando com uma tal donzela
Que há muito abalara ... mas a quem ele entregara a mão...
Nunca se vira tal criatura... mas ele firmava se sério
Nas conversas com ela tidas... e todos concordavam com o velho...
Sem nunca lhe conhecerem a razão...

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