páginas brancas

Sunday, October 14, 2007

Deram nos tudo...
Os homens e as mulheres...
As árvores...as rochas e as montanhas...
Flores... pássaros ...
Luz e trevas...
Dias longos... amores libidinosos...
De tudo para sermos felizes...
E mesmo assim... achais pouco...ingratos!
E que nesta vida... não deveria ser assim...
Calem se as bocas dos tontos
Que andam a pregar por aí...
Abotoam bem os olhos e vejam
Se não basta... a vossa boca e nariz
O tanto que tendes semeado em obras calamitosas
Na ultimação de vossos recados... de vossas intrigas afins...
Passeando vos engalanados... gentís...
Dependurados em enleios e enredos sem fim...
Embustes... disfarces... e a história não acaba aqui...
Sois decadência e indecência ...na bela terra prometida
Que vindes reclamar a mais... do que já usufruístes ?
Brindaram vos de tudo...
Mas ainda não descobristes ... oh! gente instruída!
Que a paz reside no céu e não aqui...
Na efémere imobilidade das estrelas
Que se cansaram de andar... e se albergaram ali ...
Vede... a colina nua... que despe a sua pele verdejante
E anima a tua comtemplação... num riso ondeante...
E se oferece pura... a ti...
Vinde pois alimpar vos nos rios... nas frescas águas chuvosas
Que debandaram ... dos lados do paraíso...
E não atestem mais a vossa vontade em gestos de compromisso...
Sejais antes como os pássaros que cantam
E que não se importam de partir...
Calem os vossos olhos num gesto benigno... e adivinhem se todos
Reclusos... virgens... na espera da lavra renovada...
Nos ramos das florestas secretas... lá...
No longínquo empíreo...

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