páginas brancas

Friday, October 19, 2007

Os teus olhos não me viram... amor ...
No passeio indolente da tua alma
E na abundância celeste que me rodeou
Não se acomodou em mim... em adorno presenteiro
Um cheirinho... um sorriso fatiado... adivinhando o alecrim...
Vinhas dos campos apapoilados e carmesins
Trajadando acerejado... no ministério são de teu ofício...
Vi te... numa curvinha do paraíso...
Mas tu... nem reparastes em mim
E desfiei te... em luzido olhar... um naco de saudade
Que por outra trazias ...há muito temperado em ti...
Castigo esse ...de não te teres em ela por eleito e amado
E em mim... cego... na doce intuição que me despertastéis
E no verbo atencioso ... te soltei palavra...
Comovida... me vendo por ti saudada
Tremeu se me o coração enjaulado...

Passas sempre por mim... naquela hora da tarde...
E eu... na divulgação de tua pernada
Achego me sempre derreada ao terreiro teu...
Só para te ter nas vindas... no cursar do passo teu...
E o sol dardeja sobre a cabeça tua... uma benção doirada
Que desmaia levinho... na carícia do meu olhar...
E no amparo da minha ilusão... me fico quieta e estendidinha...
No chão empedrado e frio...
Para te ter um pouco... quentinho... em meu coração...

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