páginas brancas

Monday, November 05, 2007

Acham se vozes retidas no alto...
Nem doce palpitar...
Nunca caem ao chão...
Para não nos magoarem...

Eu ando á procura delas... cheirando o ar de inverno...
Esfregando as mõas assustadas...
Trepo ás árvores ... amiúdando me nos toucados...
Pois há algumas que estão presas... aferradas em galhos...
E que não se podem soltar...
E é por isso que o vento canta
Embrulhando as almas que sonecam
Em tenso cerrado...
Porque... quando se despirem as senhoras
De realeza de seus trajes...
Vai o sopro longo e generoso do tempo
Ao leito dos puros... as entregar...

É sempre bom estar se atento...
Na delonga do milagre...

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