páginas brancas

Friday, October 26, 2007

Não sei se sou... se fui... se já parti...
Tudo é uma sucessão de momentos... pernoito em
Átomos... neutrões...protões...
Disperso me incenssantemente em minúsculos espaços
Em espaços... vácuos... e a mente abarca numa viagem perpétua
Vou e venho... nunca me acho...
Atropelo me nos cantos... descanso nos meios
E tudo roda numa parcimónia que alonga o tempo
E tudo caminha na direcção certa... e nem sei porque a razão...
É como ser se cega de nascença e demorar se na proeza
E no tudo ser se certo... na irrefleção da luz que filtra a mente...
Tudo se quebra... quando se abeira de mim...
Não repudiei nada... nem sei se alguma vez me apercebi bem
Do que por mim passou... daquilo que já vi... do que me atentou...
Do que sentenciei... de quem me condenou...
Confundem se os desejos numa amálgama consistente
Que se amassa e se dobra por dentro...
E no monte surge a confusão...aboleimam se zangas
Tecem se intrigas... procissões...
Ser se ... é nada querer...
Ter se puro na pretensão que amarra
E destrói o selo da virgindade celeste
De quem nos elegeu... neste pedaço de água e pedra...
Tudo chega para de seguida se diluir
Numa papa confusa que perturba e cansa...
A virtude é mesmo esta...
Caminhar sempre indissolúvel
Intangível nos propósitos proscritos
Não dar a voz a ouvir...
Fazer o que em nós...de benigno teima...
Falar sempre com os olhos mansos e alegres
E pôr em nossos ouvidos... tampas...
Resguardar em nós... o silêncio que preenche e amansa...
E... deixar se escorregar... fluindo...
Carregando no peito a obra divina...
Que deslumbra e encanta...
E na dualidade encontrar a razão...
Colar o olho no céu e ter saudade de partir...
Achar se confuso perante o santo...
Engalanar o ladrão...
E no travesseiro do astro nocturno
Confidenciar o desejo de não sair por aí...
Ser se... é não se achar confuso na decisão...
Saber dizer sim... ou não...
Oh! horrível tragédia esta ...
Ser se prisioneiro da tentação...

O melhor é nada querer mesmo...
E viver na paz da inressuscitação...

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