páginas brancas

Friday, April 25, 2008

Era assim amor...
Que eu gostava que me olhasses...
Como o céu olha para as flores
Como o sol adormece as papoilas
Nos campos semeados...
E na chuva que caísse ... prendeira...
Diluiríamo nos em enflamadas...
Porque nada aqui me tem segura ...
Se eu fosse flor...
Ter me ias anelada a ti ... a brilhar...
Sempre enroscada...quentinha... a nanar...
Serenando num doce recado...
E murmurando o teu nome
Na tua boca rosada...
Se fosse árvore perquena ...
Abriga me ia por debaixo de ti
Abrigadinha e aconchegada
Num peito á medida... para me deitar...
Mas como não sou nem flor nem árvore
Agasalhada e feliz junto a ti
Resta me o desejo e a ânsia
De me empoleirar num teu olhar feliz...
Sempre em jeito de dança...
Uma roda que ninguém vê...
E que poucos alcançam...
Se soubésseis amor...
Ás vezes ergo me nos teus ramos...
Tens nos nos olhos...nos ombros...nas mãos...
E nesse tanto que de ti se desprende
Acorro me logo... animada... a te acolher...
E é assim... e tu... nunva vês...
Vive se toda uma vida no jogo da adivinhação
Que encanta e ilude... e que ás vezes cansa...
Mas eu não me importo...
Até porque já conheço os corredores... os nichos
Onde começa e acaba a dança...

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