páginas brancas

Tuesday, April 22, 2008

Julgaram me fraca na decisão
Tiveram me cega no olhar...
Vislumbraram mal a centelha
Que se esclarecia semprea a brilhar...
E é por isso que nas esplendores das manhãs
Se encaminhava a gente ainda a sonar...
E que nas tardes todos se arrebitavamm a coscuvilhar...
Mas a mim... só me alcançavam nas noites perdidas
Em que a impaciência nos corpos se instalava...
Eram as saudades da mansidão e do sossego a despontarem...
Por isso foram sempre breves as vistas ... as cruzadas
Que em mim se atentavam... já lassos... a derramar...
Porque no clarão da luz... muitos se cegavam
Outros...nas tardes alegres... se embecilizavam..
Mas eu...inocente...olhava os de lado
E nunca me deixei albarroar...
Não é a força do corpo que contava...
Era o sereno do olhar...
E aquele lábio húmido...
Sempre...sempre a cantarolar baixinho...
Muito baixinho...para as almas se irem... a anoitar...
Sempre a murmurrar...

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