páginas brancas

Friday, October 24, 2008

Ouvistes em sonhos amor... um meu trovar
Um avoamento distante a se aproximar...
Versos tremulentos...espantos versejantes
Articulações ardentes a te quererem pegar...

E nas sombras dos caminhos
Nos arvoredos a se espantarem...
Fugias adiante... distante... a não te deixares agarrar...
Não era a onça do mato... amor... a rondar
Não era o leão danoso a te querer abocanhar...
Era uma donzela singela em teu vestígio pr'a te abraçar...

E rugia o vento no teu engano ... a contestar...
E as flores do campo a se apressarem juntinhas...
A teus pés... por mim... a rezarem...
E soletravam no céu... os pássaros pequeninos
Letras miúdinhas... palavras agigantadas a te avisarem...
Esboços singelos do nome meu ... no ar por ti a clamar...

Dulcificou se em teu íntimo um bradido repentino a dissertar...
Um apelo saboroso na tua alma a brotar...
E foi se numa retracção súbita... a dúvida a mirrar se...

Juntaram se olhos sinceros...na afeição a se encontrarem...
Desejos antigos ... aos molhos a exalçarem se...
E no instante novo esclareceram se verdades
Louvaram se os amigos em ternuras... nos tempos a eternizar se...

Mas isto foi num sonho
Que se perpetua há muito na eternidade...

Mas há...eu sei que os há...
Eternos e imutáveis...nestes tempos que passam...
E que persistem a nos celebrarem...

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