páginas brancas

Saturday, March 14, 2009

As flores amor são beijos ...
São auroras perfumadas
Rosmaninhos prateados
Cheiros adivinhados
Nesta brisa que soa aveludado...
Sabeis vós que...
Na claridade do dia
No escuro das noites
Acorrem descalças a se abafarem em min ?
Suspiro me em delícias por as ter deitadas
Por as sentir coladinhas assim...
Sopros... murmúrios bonançosos...
São as azuis as rouxas as vermelhas
As que se alongam demais em min...
E depois seguem se lhes as amarelas as brancas
Meninos e meninas a se esfarelam tenras pelo caminho...
Mas as que se abrem mais em desejos
As que se entregam em gemidos de ânsias ...
Em confissões perfeitas generosidades inibriantes
São as verdinhas que me trazem em frescuras...da lua o seu cheiro...
Acorrem soltinhas no sereno do ar em seus parapeitos
Testemunhas ousadas dos requintes que tendes por aqui...
Nas manhãs enevoadas...nas noites estremunhadas
Todas se confiam ao meu peito...gentís...
Cheira lhes a musa a poeta nómada
A mar e a suas sereias...
A terras quentes pertences de Rainhas e Reis...
E eu a primeira...regadinha de benções e preciosidades
Na entrega hospitaleira de quem se cede sempre decente e confiada
Aceleram se articuladas... em confissões dignas e perpétuas...
Em min que por milénios
Eu que por eternidades me não estive aqui...
Só havia sol e o verde dos prados a mais os seus rebentinhos....
Poisou me o Divino um dia cá em baixo num de seus jardins
A me ensaiar em testemunhos vivos
De quem se estudou para aqui poder vivir
Me tenho nova ... recente ...inocente...
Me tive na chegada amansada de seus beijos
Que me chegavam atordoadas da viagem
Embrulhados em neve fina...
E nos dias em que me visitam
Quando caiem estas frescuras apetecíveis
Suspiro me serena em contentamentos genuínos e mansos
Musa ...poeta...regozijo me em prelúdios magnetizantes
Em dancas e rodas ... que me não acham quieta a verem o fim
E giram os mimos bailantes em sonoridades estonteantes
Redopiando alegres e festivas no meu eixo firme...
Agora me tenho não sei por quanto nestes motins
Em guerras gigantes em que me nunca incluí
Entretanto chamo as minhas cores vibrantes
E me vou com elas em piruetas deslizando
Em adagios elegantes ...
Em suspiros ardentes ...
Pedir auxílio ao Grande!
Que me regresse presto para d'onde vim!

Vou...e venho...
Vou...e venho...
Vou...e venho... no colo de Gigante!

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