páginas brancas

Friday, March 27, 2009

A flor confessou se ao ribeiro
O muito que lhe disseram assim...
Linda...amorosa ...
Vem viver pr'a junto de mim...
Mas a água que corre em vírgulas insinuantes
Não se quer parada ... nem em adornos de captações
Finge se detida por instantes
Mas em funduras açoita em traições...
Respondeu lhe pura e fininha
Que não se entregasse a feitiços e adorações
Que seu lar era a terra pura
Soleira rasgada e aberta ... morada dilecta da luz
Das almas boas e divinas
Que se expandem nela em distinções...
Ficou então acertado que nunca iria satisfeita e singela
Na casaca ou lapela de quem se quisesse ver nela
Em prémios ou elevações...

Pois que eu sou uma a flor delicada e pequenina ...
A me querer na terra sossegada...singela ..
E em brandos incensos quentinha!

0 Comments:

Post a Comment

<< Home