páginas brancas

Wednesday, June 10, 2009

No leito do meu peito bordejam rosas cheirando a marzia
Na dobra da minha saia caudelou se un riacho estrelado de jasmins
E eu deâmbulo me por estes ventos ... assossegando me nestas margens
Rememorando me só ... filtrando me em luzes... quimera ida ...
Semeei há séculos ums versos ... umas linhas que a ventada levou no seu colo sózinho...
Decalquei me em sombras ,... em gentes de partida recomendando me ao Santo... ao ilustre Déífico ...
Ah!desenhei me em brumas ... em cadencias... afinei me nos átomos ásperos da vida
Sempre em arfares e dores sentidas... sempre em lamentos prateados ... quase a sorrir ...
E nas quenturas dos verões me dei a tinir em águadas leves nessas banhadas idílicas
Nesses ir e vir que os amorosos se gratificavam em arrufos de bondade...em bravuras místicas!

Mas na passada larga e vagarosa desta vida
Nem todos se foram em seguimentos airosos das palavras proferidas
Ums enganaram ... outros mentiram ...
E estas pétalas ... foram há muito as ditas e confusas profecias...
Andaram se por aí anjos perdidos...maléficos ideais ... diabos tingidos
Demoliu se no espaço a ordem introduzida... divulgou se uma enchente de ódio e intriga...
Acontece muito nas gentes dísparas ... opôrem se os ganhos na vez dos sentidos ...
E eu por muitas das vezes me dava a olhar ... sempre adolatrando o amor ... curandeiro desta vida ...
Me quiseram um dia tomar as mãos e me as levarem para certos troncos ... buracos esconduidos Mas eu...que me amo a luz e sua diáfena magia acotevelei me ... bravata ... em lutas ... desprotegida
Me saquearam de noite na erva bruta e macia ... em gritos de lamento e em pronta despedida!

Me vivo desde então nestas extremidades longas e finas ...
Alindada de noite...pucela escondida...
Apiedada de dia ... recato manso ... donzela ferida ...

Me chamam rosa...oiro espandido!..

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