páginas brancas

Wednesday, May 19, 2010

Perdeu se o amor da minha vida
Enterrou se em corpo alheio
Em abraços e folguices de ternura
Em códigos estranhos aos meus

Foi se leste e seguro por míriades desconhecidas
E passaram se milénios até se fazer a ronda cheia
Para na volta se agarrar de novo ao amor seu

Eram ramos folhagems e tenras frutas
As delícias que abundavam na larga enseada
Sorrisos e beijos arremessados ás ventadas
Que mordiscavam e beijavam os pés seus
Que para mim de novo em buscas de mim se voltavam

E á sombra da oliveira
Á velhinha do monte
Que mais não se findava
Acorria sempre alegre e folgueiro
A perguntar me novas de sua amada!

Que se tinha há muito ido
Que se houvera tido descuidado
Que da antiga já ninguém sabia
Que dela se desconhecia morada!

E eu … em mimos de campo

Alegre e despenteada
Alinhava me nos dias em escutas e despertares
Em melopeias suaves
Anunciando me a ele branda e afectada!

Quisera o Céu e os seus Anjos
Que morresse ele a ela enleado
Num rugir de trovão
Num escaldo serrado!

Foi assim que então
Trepou ávido á árvore
A descobrir o seu tesouro de então
E em ternuras se houveram os dois
Para o sempre afeiçoados!

Olhem…olhem bem com atenção
Este tanto este todo p’los montes enlaçados!

Amores…
Amores…
Serão!

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