páginas brancas

Monday, May 10, 2010

Neste esconderijo
Neste cofre amplo
Salpica me a dor
Refrescam me beijos ...
São chuvas águas brandas
A se virem num convite num ensaio
Se debruçarem por decima do meu peito
Abotoando o meu corpo escangalhadp
Ec ochicham baixo palavras débeis e atordoadas
Colam se se ao meu pescoço gélido e refreado
Moldando nos meus lábios o desenho dos teus
Há muito idos há muito resgatados!

Nesta cova
Neste buraco
Foi se me a alma
A velejar para o outro lado
Esmeraldas preciosas
Que te olhavam sempre enamoradas
Campos de risos que aguardavam...

Destas mãos nestes rios bravos
Soletrava se o teu nome em sonoras cascatas
Só eu te o lia só eu te o descifrava
Na intensidade da luz na claridades das tardes
Porque no meu peito na nobre anseada
Te vinhas sempre caminhando
Esquadrinhando te no meu enlace
E eu sempre te moldando calada
Em purezas e canticos a te exalçar
Calada ... no silencio penoso dos prados
Enibriada da marzea e do hálito do Mar...

Nesta cova nestes dentes
Nesta boca desamorável
Se foi já em vôo alto e celeste
Uma Donzela que muito amara
E lá do cima ... das montanhas descarnadas
Na requinada filigrana
Se veio a ela um dia
O seu Amor a ela se aconchegar

E cantaram se hinos altíssimos trinados
Em regozijos e solenidades
Por muitos que no chão não se alcançavam
E que no lá para lá logo se afinaram!..

0 Comments:

Post a Comment

<< Home