páginas brancas

Friday, April 02, 2010

Numa contracção divina me resgataste mãe
Desse mundo aquático que trazes em ti
No teu peito sou reboçado laço serpentina
Enleado a ti !

E numa crispação
Numa intercição do espaço
Num espasmo repentino
A prestidigitação é cumprida
Nasce o menino!!!
Proeminência !
Milagre há muito ao Grande requerido!

Dádiva !dom erguido no colo de uma cerejeira florida!

Filho! Rebuçado!Amendoinha!

Agarra me no teu sulco folhado de beijos carmins
Lava me com a tua seiva de aurora florida
Que eu sou da terra da poeira que está por aí
Deixa a marca das tuas mãos em mim
Para que eu possa um dia num recuo decidido
Ler no meu corpo o mapa envelhecido
E poder então retornar me para ti

Enche me com o amor dos teus beijos Mãe
Pois que eu carrego feridas
Que em rememorações antigas gemem no meu peito!

E porque as crianças não falam assim
É preciso olhá las de todos os jeitos
Em gentilezas e meiguices
Potencializando o dom do amor
Que cada um carrega em si...
Até porque o caminho é longo e pedregoso
E só esse aragem esse sopro divino
Poderá aliviar lhes o fardo
Neste destino que os empurrou para aqui

Prende me Mãe !
Não abras tão cedo os teus braços
Que são as minhas pernas também
Vem! vem comigo me ensinares o sonho
Essa adivinha doce que já provastes em min

Cheguei com braços na vez de asas
Disseram que me as tissarias aqui
Ergue me em bondades ilimitadas
E mostra me os céus e as suas moradas afims
E o teu cantinho nobre e predilecto
Onde me previstes assim!
Ouvirei a história das fadas e dos magos
Das princesas e príncipes pequeninos
Que lá moram e se passeiam livres!


Cheguei! Sou o teu Anjo primeiro!

Minha Mãe...sorri!!!


Enfant de rêve!

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