páginas brancas

Sunday, March 14, 2010

Desembrulhe se a manhã neste véu erguido
Nestas sedas rosas nestas transparências luzidias
Que eu me vou desfolhando logo fresca pela matina
Me estendendo nos sulcos prateados desta rocha negra e enriquecida!

Oh céus! oh galáxias por decima de mim sobreerguidas !
Vede a minha testa os meus olhos onde todos se interpelam
Para onde todos de dirigem desassossegando as virtudes
Onde se degladiam a inocência a piedade a coragem e a fortuna
Onde tudo se remodela e a que eu dou vida sempre milagreira e resoluta
Sou a alegria a saudade a tristeza a candura
Decalque ... sofisticação ... novela ... intriga e a razão
E quem se abraçar a mim de leve pela hora cedinha
Ter se á enredada e enriquecido na alma
Pelo amor incontestável e pela prosa minha !
Vede ... vede os braços que se abrem
Os dedos que se desnovelam e te mostram
Por onde se estende o sonho e as palavras
Que só ums se atrevem a sussurrar baixinho
Desdobram se no meu fato fatias de mares e colinas
Ensaios ferverosos...colorações mimosas estas minhas !

Quem a mim se vier aconchegar débil e sózinho
Ter se á na volta logo amado e enobrecido
Aquecido nestas vestes largas cheirando a aurora púrpura
Requinte solene...trapézio sublime!

Acheguem se a min em benções santas e enaltecidas!

-Aube des origines-

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