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Monday, May 03, 2010

Viajei para longe
Em sonhos antiquos me sepultando
Vi Deuses Demónios á solta
Todos em ânsias me observando
E porque tudo era o citado e previsto
Me fui deixando me fui dançando
Folclores e rondas alegres
E em estonteamentos deliranres
Foi o Amor me buscar em tréguas
Numa dormencia do tempo me requentando...
Me fui em braços e em risadas
No seu manto sempre me ajeitando
E porque neste mundo e nestas moradas quaisqueres
Nunca se enconta bom viandante
Fui parar para lá das águas para lá das terras
Para propriedades celestes...

Fui e me deixei por lá ficar
A mais o meu Donzel
E aqui por baixo o que ficou
Foi uma mancha uma ilusão ténua
De quem me ama e me não ainda esquece
Nas frestas suavizantes das Primaveras
Que me anunciam nelas sempre amorosa e terna...

Me tinha há muito partido por bosques
Por debaixo das tocas e dos seus mistérios
Faltou me o ar ... respirei misérias ...

Soletrei o Seu nome num arfar mudo e cadavérico ...
Velejaram me então Serafims das cortes celestes
E em milagres me restituíram num anciano tema
Título código verbo correcto...

Amor...amor ... me amiúdarei em ti um dia predilecta !

E assim viveriam em suspenções portentosas e serenas
Duas almas terrestres
Há muito encomendadas a Deus
Por não serem pertença da terra!

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