Este mundo é muito engraçado...
Só se fazem contas ao dinheiro...
Mas esquecem se os pecados...
Só se somam cifrões... e pronto... está a vida arrumada...
Esbogalham se os olhos nas contas bancárias
Mas passa se indiferente... perante a desgraça alheia...
Na rua... lá fora... amontoam se os pobres... aflitos...
Os glotões... dizem eles... receosos que lhes roubem um pedaço...
E se por um acaso lhes derem côdea em vez de pão
Acenam logo com a cabeça... num gesto de boa vontade...
Mas o requinte fresco e estaladiço fica lhes lá... para suas casas
Pois... supõem logo... que nas bocas apertadas e desdentadas...
A fina e melhor parte do manjar não passa...
Ficam pois os aguerridos endireilhados... com a melho parte...
Oh! vergonhosa raça...
Tendes o livro da Lei á cabeceira
Mas não entendeis nada do que se lá relata
E no descanso dos olhos escorregando no Livro Santo
Alivia se lhes a magra consciência... e quando se deitam...
Deslumbram se em sonhos na contagem crescente de seu Amo...
Fazem se muitas contas... nesta terra desgraçada...
Mas isso... está se mesmo a ver... não serve para nada...
Abri bem os olhos e esgueirem se para o outro lado...
Abarcai em vós... num manto espesso
Um pouco da dor que se estende por todo a parte
E num relampejo fulminante...
Repartam o tanto... que tendes em vós... embaraçando...
Só se fala em dinheiro... dinheiro para aqui... dinheiro para lá...
E a boca entope se... e os sapos dançam... mafiosos... delirantes...
Eu cá prefiro as águas mansas que não me custam nada...
O caudal revoltoso do rio que baila nas minhas tranças...
E este céu esplendido que não me pede nada...
E sobretudo... o rosto aflito... esperançoso... de uma criança...
E que... na aflição de não se ver achada... na dor do seu silêncio...
Pede colo... abraço e confiança...
Verdade... verdadinha... o que eu gosto mesmo...
É de me ver cativa... no rosto de quem... por mim clama...
Que manual será preciso ... oh! homens ... ditos de confiança...
Para entenderdes isto... de corpo e alma inteira?
Já me foi sussurrado um dia... que... nunca...
Mas eu... como sou teimosa... espero... espero sempre...
Só se fazem contas ao dinheiro...
Mas esquecem se os pecados...
Só se somam cifrões... e pronto... está a vida arrumada...
Esbogalham se os olhos nas contas bancárias
Mas passa se indiferente... perante a desgraça alheia...
Na rua... lá fora... amontoam se os pobres... aflitos...
Os glotões... dizem eles... receosos que lhes roubem um pedaço...
E se por um acaso lhes derem côdea em vez de pão
Acenam logo com a cabeça... num gesto de boa vontade...
Mas o requinte fresco e estaladiço fica lhes lá... para suas casas
Pois... supõem logo... que nas bocas apertadas e desdentadas...
A fina e melhor parte do manjar não passa...
Ficam pois os aguerridos endireilhados... com a melho parte...
Oh! vergonhosa raça...
Tendes o livro da Lei á cabeceira
Mas não entendeis nada do que se lá relata
E no descanso dos olhos escorregando no Livro Santo
Alivia se lhes a magra consciência... e quando se deitam...
Deslumbram se em sonhos na contagem crescente de seu Amo...
Fazem se muitas contas... nesta terra desgraçada...
Mas isso... está se mesmo a ver... não serve para nada...
Abri bem os olhos e esgueirem se para o outro lado...
Abarcai em vós... num manto espesso
Um pouco da dor que se estende por todo a parte
E num relampejo fulminante...
Repartam o tanto... que tendes em vós... embaraçando...
Só se fala em dinheiro... dinheiro para aqui... dinheiro para lá...
E a boca entope se... e os sapos dançam... mafiosos... delirantes...
Eu cá prefiro as águas mansas que não me custam nada...
O caudal revoltoso do rio que baila nas minhas tranças...
E este céu esplendido que não me pede nada...
E sobretudo... o rosto aflito... esperançoso... de uma criança...
E que... na aflição de não se ver achada... na dor do seu silêncio...
Pede colo... abraço e confiança...
Verdade... verdadinha... o que eu gosto mesmo...
É de me ver cativa... no rosto de quem... por mim clama...
Que manual será preciso ... oh! homens ... ditos de confiança...
Para entenderdes isto... de corpo e alma inteira?
Já me foi sussurrado um dia... que... nunca...
Mas eu... como sou teimosa... espero... espero sempre...
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