páginas brancas

Sunday, September 23, 2007

Semeei no orvalho o clarão dos meus olhos
Para te alumbrar os passos largos...
E para... no lusco fusco me espreitares...
E em mim te haveres... na caminhada da nossa aliança ditada...

Calquei com firmeza os meus pés na terra molhada
Para que me adivinhasses ... na penetrante curvatura da terra húmida e farta...
E na face... rorejava me uma chuva dormente e apaziguada
Que abrandava em mim... os fervores há muito contidos e achados...
Ceifei depois... nos fiapos das nuvems a minha prega funda
Para que no lençol fino da aurora te pudesses enfiar... seguro...
Ai... contento mimoso este de em minha alma te perpétuar
No recordar da investigação secreta em que um dia nos denunciámos...
E dos meus lábios soltam se meninas pequeninas a rebolarem se...
São os beijos que há muito te estão destinados... aqui neste meu lugar...
E que hoje rebolam e rolam na espera de se darem...
E ás árvores do caminho sussurrei baixinho um recado...
Que o vento não te molestasse... na ida e vinda do seu altivo rufar...
E á lua pequenina implorei que se mostrasse... branca e redondinha
E que a sua luz se espalhasse... vaidosa e singela... e que se desse a mostrar...
E no agasalho da minha vontade ... animam se concertos... árias que te quero cantar...
E no casulo quentinho do meu sonho... no tanto que te quero animar
Nascem ramos de flores... botões de rosas... na espera de serem pintados...
E será nos teus lábios pousados nos meus ... amor...que se hão de reburizar...

E a dama lá na torre... e mais a sua aia ... não se cansava de esperar...

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