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Thursday, July 17, 2008

Guardei me no segredo dos tempos
Que se anunciavam tormentosos...
Decorado de efeites ardentes... prejudiciais á mente...
E nas brumas quentes das tardes apáticas
Me fui sempre debruçando... a definir me...
Queria me bela como ás aguarelas dos retrados
Como ás espécies botânicas do meu jardim...
Mas fui me debilmente descobrindo...assim...
Na força da resolução
No intuído da correcção
No estabelecimento da raciocínio
Na procura do cálculo e da razão
Na refutação do dito e estabelecido
Em guerras empreendidas...
Em assuntos comprometidos
No desmascarar das ilusões...
No navegar das tentações...
E passaram se muitos invernos nesta vida
Em que o sol despontava pouco... na minha intuiçao...
E chamavam me vozes e rumos
A que eu não dava consideração...
E assaltaram me gente tosca e rude
Que me davam desarranjos...importunos...
E que eu derrubava em silenciosos descréditos
E que não me debilitavam ...mas...
Mas eu queria ser como a rosa linda e cheirosa
Semeada em janeiro...na terra desse meu jardim...
E descobri me um dia inibriada no seu cheiro...
Todinha mesclada de aromas e essências
Pernoitando com ela em sonhos...no paraíso...
E quando o sol repousava nela
Era também a sua imagem...reflectida em mim...
Gentil e calorosa...essa florzinha que se dá...
A quem passa e se abeira dela...
A alguns passos de mim...

É uma sorte... sempre poder vê la...
Tendes esse talento?
Oh! vós...que chamasteis por mim...

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