páginas brancas

Sunday, June 14, 2009

Faço me esquecida nas escuridões da vida
Rejugio me nas gaiolas empobrecidas das vilas
Só o sol dá por mim nos confins da amargura temida
Me faço esquecida por este mundo me querer muito precisa
E meu corpo que se já cansou de tanto giro
E minha alma que se já desinquietou vezes de mais
Em desmazelos e cobardias que me quiseram assentar ...
Pedem tréguas armistícios á vida que me já quiz daqui arrancar...
Desfaço me em sossegos... remansos piedosos de outros tempos
Em que me vim para aqui a serenar...em conquistas e quimeras lindas
Todas elas prontas a se estrearem...
Sim...faço me espinhada quando se chegam a mim a sussurrar
Porque quem se agacha assim baixo detém na alma algo a disfarçar
Não quero abafos nem capitolações ... o meu jardim é deste lado...
Não quero simulações ... sepultos áridos em minhas aragems inspiradas

Vede me em anúncios e divulgações desirmanadas
Das vossas que se estão ainda por estrear ...

Pois ... que me vim dos cimos celestes
Há muito ...há muito a me inaugurar...
Peregrina terrestre em amanhos de céus por cá a visitar
Me fiz embrião... feto ... generosos...
Sempre e sempre no tentando a melhorar
Me multipliquei ás centenas ... aos milhares ...
Dei passos para a frente ... ums tantos para trás ...
E no regime de comunhão dos homens me deixei ir a flutuar...

Não!Não! que me arruinei nas mãos dos corruptos ... dos imorais
Pisaram a tenra flor ... a renda casta
Que caminhava no prado ... em dulcíficos arfares ...

Me tinham há muito pressagiado candida em luas a navegar
Por isso me departei em competencias destras e adequadas
Me expeli numa noite em rasgos clareados
Para as serras verdes e arejadas ...
Alastrada em tintos suaves de aguarela ... em vincos apertados...

Me estou nestes sossegos me regenerando da humanidade e seus maus tratos...

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