páginas brancas

Friday, January 01, 2010

Mergulhei numa onda branda...num fôlego áqueo de mar
Em requintes e guloseimas ricas e estranhas a me aliciarem
Enleei - me em algas e teias ... perdi - me em labirintos e rodas
Em tonturas bailantes a me quererem averiguar
Afoguei - me em aromas e iguarias ...enredei - me a ramos sumarentos
Consolos ás minhas mágoas ... ânsias ás minhas penas...

Harpejei hinos a reis e infantas...
Convites amáveis a me virem conhecerem ... a me visitarem
Pois que as penas que trago no peito são aço ... calosidades consistentes
A me trancarem na voz ... o sorriso de menina afável e prazenteira
Em inocências a se querer sempre em alegrias a amar ...

E as esperas arrastaram - se em padecimento ... por entre as finas palhinhas a flutuarem...

Azulou - se - me então um talento ... uma observação ponderada
Numa proposiçao de afecto ... numa brandura aligeirada de um meu tormento
Cresceram numa fugosidade extrema ... flores a dilatarem - se - me pela alma adentro
E numa regeneração ardente ecoou- se- me pelo corpo um canto supremo
A receita antiga do Amor a se querer em mim ...mostrar...

Tangei- te na minha aflição recordações aflitas a quererem recuar

Achegaram -se - me os sonhos de então num reboliço de mar ...

Foram as flores...as coroas de cheiros as mezinhas certeiras
No meu peito ... em dor antiga a cicatrizar...

- le dire avec des fleurs -

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