páginas brancas

Thursday, July 24, 2008

Se encostares a tua face á minha
Num exílio voluntário...
No quebranço da razão..
Na paragem de um compasso amistoso...
Verás que a rosa fica sem espinhos
E o cheiro a rosmaninho
E as aves e os passarinhos
No ar se ficam a voletar ...
Porque esta pele que é minha
É teu jardim ... irmão...
Um atalho pequenino
Semeado de carinho
Tudo se apurando em diligências distintas...
Dando nos a amornar ...

Tu e eu sentadinhos...
A ver passar este redemoinho
Na dilatação do meu e teu sentimento distinto...
Na tardância voluntária de voltarmos sós
Para o mundo estranho dos homens
Que não querem a mão a dar...

Todos os amantes se sentam ... paradinhos...
No sossego de sua paixão...
E neste celeste desígnio
Se estudam ... no mistério da confissão...

No afecto... confirmam se sempre os talentos...
Que ums têm... e outros não...

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