páginas brancas

Friday, June 25, 2010

Há festa rija nos fundos dos mares !
Trouxeram se cadeiras mesas e todo as bugiarias antigas
As chávenas os bulos os chás das Áfricas mesclados dos oiros e dos balsâmos apetecíveis
Vieram as gentes e os povos antigos para estas borduras finas
Convocaram se os Deuses dos Céus e as Deusas dos abismos
As esfínges seculares que repousam nas funduras dos abismos
E que num acordar sereno deambulam sonolentas e adormecidas
Em rememorações já um pouco esquecidas !
Dança se nestas flutuações em avoamentos elegantes e visíveis
Os lábios carnudos e os seios são borboletas que em ancestrais adejamentos
Se oferecem em gratuitidades inobrecidas...finezas delicadezas tais
Que se adoida logo toda a turbe logo rejuvenescida!
É bizarria mesmo um prodígio incontestado este retrato visível!
E numa golfada de luz num presente benéfico da lua magenta
Tomaram todos lugar tomaram todos assento
Pelo meio das marés e das vagas dadivosas que lhes beliscavam as nádegas
Num retorno uterino de arfares e regalos salientes
E no desígnio desta obra ouviu se cantar o galo
Estreando se na alvurada todo alegre e contente
Um rócócó requintado que coloriu de rouxo a aurora nascente!
E veem todos a chegarem
São Raínhas e Princesas de outras luas de outras nascentas
Mandatárias austeres e solenes dos oceanos vizinhos que acorrem a se visitarem curiosas e obedientes
Aproximam se descongeladas de um sono fatídico se regenerando condessas
Nativas milenares se aprontando em dignidades se revivificando
Memórias e biografias de outros tempos em ecos atléticos a ressoarem !
Aproximou se a nobreza a mais os seus pagens
Ostentando longas tranças colares e tearas
Eram as riquezas de outrora a tronarem no buraco imenso e encovado
E os criados em libré em cortesias e com mil e um cuidados
Carregam bandejas ajeitam vinhos e outros manjares...
E mandaram se convites á ancienidade dos Faraós e a ás suas castas
Acudiram logo os fiéis guerreiros trilhando a pedra com as suas barcaças
Sentiu se logo tremer a caverna rochosa e toda aquela praça
E na abadia solene que a cercava hastearam se contratos casamentos há muito planeados
Festejaram se batizados em celebrações tardias e que não mais chegavam
Delícias reconhecimetos de outras épocas primaveras adiadas! ...

E num luxo extremo se foram todos em saudações amistosas
Logo a se agarrarrem em saudades e apertos tais
Que o tecto aquático se fora todo por instantes por toda a terra a alagar
Beijos lágrimas canduras e um todo de carinho e de benefícios tais
Que nas margens arenosas se encaminhavam já os curiosos e estudiosos
Que não podendo descansar se debruçavam em teses e conclusões
Querendo desfazer o mistério o milagre de tais estranhezas
Com os olhos bem assentes no enigma e a quererem no descifrar
E ouviam se e viam se os galos oferecendo as suas plumagems
Ás Damas saudosas dque em esmeros se enlecarem
Abanicos delicados como era moda e perfeição nas épocas passada
E visitavam nos os peixes comandantes destes ares
As anémonas vistosas dançando nas transparencias dos seus trajes
E o júbilo era tanto o folguedo era tal
Que de cima dos céus se veio até um Anjo a espreitar
Oh!lindos os corais...lindas as estrelas dos Mares
E assim se tiveram em folia por horas e anos mais
Sempre áquela hora e naquele instante
Onde se sentava Sua Excelencia Piankhy a mais o seu Leão
Cercando de beijos a sua Aurora delicada!

E quem quiser fechar os olhos e se pôr a recordar
Vislumbar se á nas íngremes colinas nas folgas encarpadas a ecoar
Cantos chamados distintos e tão belos pelo amor que ainda virá
E assim todas as noites em frescuras e em trajes requintados a se passear!

Eu cá por min...é só atar a vista
Que me estou logo lá!

-Une fleur qui ressemble á mon rouge idéal-

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