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Monday, June 28, 2010

Todos me vêem
Todos se calam
Penetro em finezas transparentes
Por ténus e estreitos canais!
Assim dictou a lenda o conto tal
Que haveria de baixar das alturas
Uma Graça distinta
Bordada numa renda ancestral!

As larguezas são para os outros
Que se acotevelam e falam alto
Eu espremo me condenso me num átomo
Numa vibração inaudível que assusta e cala
Por isso se descautela a gente
Destes ventos destes terramotos
Em estranhezas súbitas a me analisarem incorrectos
As funduras ocultas e ingremes destes meus olhares

E ainda há os que se assustam do abismo tal
Que sobe para o céu e não causa nenhum mal!

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