páginas brancas

Thursday, July 08, 2010

Ai que me vou erguer que me vou alteando
Numa navegação poderosa numa determinação abastada
Enleando me nessas vibrações provocantes
Decompondo me despedaçando me no resplendor desse teu olhar
E nestes pedaços de desejos nestas substâncias invulgares
Sou a cavaleira errante a escolhida
A Musa predilecta doa Amantes Afamados !

E nestas cercanias me venho para te conquistar
Arquejando me raivosa na minha ânsia
Vede! com esta espada com esta lança
Numa esgrima vulcânica onde a terra há de corar
Derramo me já num bramido dilatante
Escorrendo desejos na roda do teu fitar !
Coloro ! pinto! profetizo me tua Amiga e tua Companheira a Danada!
Monto me no desejo ébrio e alucinado de te ter junto a mim ... Oh Venerado !
Paixão loucura e neste designio nesta demência vou me já aparaltando
Estendendo te o meu seio entumecido
Para nele saciares a sede e a vontade que tendes
Junto a teus lábios de me o beijares!

É a terra o ventre celeste o fruto a flor silvestre que te vou ofertar!
E denota me bem ! Sou a Cavaleira galgando uma beleza alada
Sou a toureira a heroína da praça de bandarilha certeira e cuidada!
E do coalho do sangue da ferida talhada
Pinto com pigmetos berrantes o teu nome a tua entidade!

Vá! deixem passar a Amazona a Perdida a Transviada!

E numa erecção da sua montada
Faíscaram por todo o céu por todos os lados
Ardências centelhas cintilações e bondades
Que se foram atordoar o Amor que a esperava do outro lado!


Acorram os homens a mais as suas firmes sensualidades
No meu corpo a se gravarem e aos meus olhos se testemunharem
Meus ídolos ! meus vassalos ! meus servos primários!
Pois que eu sou a força punjante que nasce e testemunha cada noitada
A chama que abrilhanta o meu íntimo o meu fato
Vinde em degladiações gloriosas e exactas
Pois que eu sou aquela que põe o ferro que atinge e mata
A que que num fôlego tudo cria e elimina e refaz
E numa vontade proeminente tudo cita a tudo satisfaz!


Foi nos reflexos de uma alucinação premeditada
Numa fulminação atordoada e desfocada
Que te alcancei em turbulências nos mares
Que te vi arvorado numa colina a me estenderes os braços
Julguei me a electa o teu par nessas nuances da paleta ínfima de um luar!
Na jactância de um meu sopro tudo reage tudo se cria tudo se faz
Montei me convicta do amor que me tinhas
Por decima de uma força oculta que enlouquece e apaga
E num arrasto de trovão numa cavalgada súbita
Te arredei de outra com a minha vara!

Tomai tino ! tomai atenção ! tomai cuidado!

E vós que estais me procurando
Sulcai com uma enchada as ervas ruins do vosso peito
Que há muito me tenho em esperas de me conseguirdes assenhorar!

Escutai escutai bem!

Eu sou A Louca ... Aquela que mata!!!

-la rage de créer!-

0 Comments:

Post a Comment

<< Home