páginas brancas

Thursday, July 24, 2008

Vi te...
Parado...
A chorares...
No regaço de minha mão...
E as lágrimas não tinham cheiro
Não tinham cor...
Eram fruto da solidão...
Essa que todos conhecem
Essa... que se extingue na doação...

Dai te aos outros
Sem requisito...sem condição...
Vela por novos e velhos...
Mas em franca meditação...
Porque... debaixo da roupagem lisa ou dobrada
Estendem se...esticam se sempre...
Braços...mãos...
Na procura de um enaltecimento...
Na vez da condenação...

No olhar sereno de quem passa
Na passada lenta de quem anda
Na palavra falha de quem fala
Há sempre um segredo...uma confissão...
No afastar da dúvida..
No isolar da dificuldade
Tarda a dolorosa aclamação
De quem...na incógnita... se dobra leste
Em augusta aflicção...

A verdade Senhores é esta...
Todos nos afastamos do âmago da consumação...
Da terrível confusão...
Todos temos medo da dor que magoa...
Da tormenta...do grito... da rejeição...

Mas não se esqueçam amigos
Que é assim...neste abalo doloroso
Que se nasce...se cria e morre a gente...
Em atentados dolorosos á razão...

Sufrageiam se leis...decretos...éditos...dominações...

Quanto a nós...
Quanto á carne e á alma que somos...
Só Deus...um dia se pronunciou... de antemão...

O melhor é mesmo... não querer justificação...
E aceitarmos um dia a decisão...

Mas se eu te vir triste um dia...
Vem...achega te...irmão...

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