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Friday, January 15, 2010

Fui em alegrias á terra te chamar
Vinde! vinde ver...vinde admirar
Um menino ... um rapazinho nascido no Mar !

Nas águas mornas em riscos sonoros a deambularem
Me fui chegando me fui a angariar
De onde me vinha a melodia terna este repentino trovar...
E na crescente alegria a se dilatar e na miragem a ampliar
Testemunhavam se em alaridos ... em sonetos doces as gaivotas no ar ...
E deliberava também comigo o fôlego grande dos céus
Em sarabandas e gigas alegres a entoar ...
E de longe caminhavam curiosos pedaços de terra a angariar...
Laranjas azuis verdes vermelhos em passadas lestes quase a voejarem
Gente graúda e pequena de outros rodeios ... de outros lugares ...
Sempre em deslizes e avanços recatados se tinha por ali vindo a prospectar

Avistara o lá do cima a madecha ruidosa a surucutar
E numa golpada de faca nem cepo milenar a decepar
Abriram se os mares nem falésias escorregadiasem manta aluziada ...
Em sonoridades espalhadas de coros o invento a anunciarem
Gotejaram brilhantes esvoaçaram ... aos milhares
Bolinhas de madre pérola a tilintarem
Acorrerram em vénias e cortesias os peixes a mo apresentarem
Um encanto...uma miragem num assento dionísico
Uma alma de outro lugar em visita pelas águas a prodigar!
Ah!
Menino! Anjo da guarda!
Mestre... arcanjo ... um Jesus pequenino
Num anunciamento divino a se anunciar
Ouviram se melodias ... doces manjares
E numa vontade que não media lugar
Se quiseram todos junto a ele se irem em visita
Tudo num espaço de vida intemporal
Num acerto de destino que determinava as idas e vindas
Foram muitas as delongas e estadias por esses oceanos
Em consultas e conferencias nobilíssimas
Davam se por lá beijos reatavam se tréguas
Desfaziam se desavenças...cobardias...
E a beleza a prosear se sempre em frescuras ... em regalias
E foi assim por décadas milénios nas temperanças destas vidas
E um dia ...
Fecharam se de súbito as persianas do mar ...
Se fora o encanto a se estrear por outros mares em outras vidas

Mas naquele sítio nessa praça de marés idas e vindas
Ainda as águas se recolhem quentes e macias
Em honras ao Pricipezinho que ali se recatara noites e dias
Em motetes e canções em histórias e resoluções a salvarem vidas

Onde está o meu Principe ?

Aqui!!!!!!Aqui!!!!!!!!!!! na alma vizinha!!!!!!!!!!!!

-Anak-

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